No dia 29 de junho de 1972 compareci á Fonte Nova com meu irmão pra assistir o amistoso Vitória X Ceará Sporting (é assim que se chamava naquele tempo!). Na oportunidade iriam estrear novos jogadores e o time se prepararia para disputar seu primeiro campeonato brasileiro.
A escalação do time causou certa preocupação, pois achamos que foram poupados jogadores e promovidas mais estreias do que seria prudente fazer. No entanto, estavam ali vários jogadores titulares e nos preparamos para assistir um bom jogo.
Mas o que se viu depois só reforçou nossas preocupações. A defesa do Vitória era só um avenida e a bola foi entrando uma, duas, três, quatro, cinco vezes. Quando já estava 5 X1 nem mais adiantava chamar o técnico de “burro” e os jogadores de mercenários. A solução foi rezar mesmo! Pois não é que entrou o 6º e o 7º enquanto o Vitória só fazia o segundo.
Ainda faltavam alguns minutos para o desespero geral dos poucos torcedores que aguentaram ficar até o fim do vexame. Ficamos atônitos. Era a maior vergonha dos onze anos que já torcia pelo clube. Já nem tínhamos forças pra dizer que os jogadores estavam fazendo “corpo mole”. A esta altura já não era lá muito religioso mas pedi a Deus pra acabar logo o jogo pra não tomarmos mais. Pelo menos, mais umas duas vezes os jogadores do Ceará entraram de cara e perderam gols, lembrando a nós que ainda podíamos perder de mais.
Depois da partida subimos a Ladeira da Fonte Nova com um peso nas costas e mal consegui dormir esta noite. A derrota, no entanto, era o preâmbulo de uma nova situação, onde o clube passava a disputar títulos nacionais superando a sua condição localista. Doravante começaríamos a enfrentar as vicissitudes desta condição.
Durante um bom tempo suportamos as maiores gozações dos torcedores rivais sendo apelidados de “seu sete” . Por anos, a imprensa tricolor toda vez que o Vitória jogava com o Ceará cobrava a vingança do massacre de 1972 que nunca veio. No entanto não fazia o mesmo quando o nosso adversário sofreu antológicas goleadas como as do Santos (9X2 e 7X0), do Ferroviário do Ceará (7X3) e do Cruzeiro (7X0).
Frank o Bahia foi goleado pelo Santos por 9 x 2 em 1968, depois em 1979 pelo Botafogo/PB 7 x 3, pelo Santos em 2003 por 7 x 4 e pelo Cruzeiro no mesmo ano por 7 x 0 ambas na Fonte Nova, e depois pelo Ferroviário do Ceará por 7 x 2 em Fortaleza pelo Campeonato da Serie C de 2006.
ResponderExcluirE para o Vitória em 2013
Excluir7x3
Caro amigo Galdino.
ResponderExcluirRelato bem curioso. Parabéns.
Só faltou a escalação deste timaço do Vitória.
Coloque no Blog a escalação.
Waldevir.
waldevir@gmail.com
http://futpedia.globo.com/campeonato/campeonato-brasileiro/1980/03/05/vitoria-0-x-5-ceara
ResponderExcluiresqueceu-se dessa surra ?
o vitória também já levou surras do Juventude (5x0) Criciuma (6x0)
ResponderExcluirEu fui nesse jogo e ainda peguei uma camisa do centro avante do Ceará chamado Magela kkk. Cortaram até as jubas do leão nessa noite na Fonte Nova, e os jogadores do time cearense quase sairam nus do estádio, os torcedores invadiram os vestiáros e pegaram tudo que podiam de lembrança, até sabonete não sobrou kkkkkkkkk
ResponderExcluir2013 teve Vitória 1x4 Ceará no Barradão e em 2014 Ceara 5x1 Vitória no PV. Alem disso, em 2015, o Vitória completou uma série de três eliminações seguidas pro Ceara na Copa do Nordeste, mas dessa vez com dois empates (0x0 em Fortaleza e 2x2 em Salvador).
ResponderExcluirVocês não se esquecem do Bahia! Pode internar que é doença.
ResponderExcluirMuitas informações equivocadas.
ResponderExcluirNão era um amistoso, era uma quadrangular do qual também participaram Bahia e Payssandu.
Eu assisti a todos os jogos, lembro-me de muitos detalhes e o Vitória estava com o time titular.
Ataque do vice: Osny, Zé Eduardo, André e Mário Sérgio.
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