sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Fonte Nova está viva!


Homenagem aos jogadores que pisaram o gramado do nosso histórico estádio, e que são os principais atores daquele palco.

Esta semana eu resolvi divulgar o blog. Assim, enviei e-mails para a SUDESB, o SINDAPE, o SINBAF e a AGAP. Mas vamos antes traduzir este rosário de siglas. A primeira é a superintendência dos esportes do estado a qual, por muitos anos, ficou afeta a Fonte Nova. Depois vêm os sindicatos de atletas e de árbitros. Por último a Associação para Garantia do Atleta Profissional.
Os contatos com a primeira e a última já tiveram retorno e estou esperando a resposta das mensagens que enviei para os demais. O diretor Aécio Pamponet ficou de fazer um levantamento do material existente na instituição pra ver como poderia ajudar o trabalho de memória que estamos fazendo. Quanto a AGAP a gentileza do superintendente Hugo Aparecido Matos de Oliveira ultrapassou minhas expectativas. É que ele, após me ouvir atentamente, lembrou que havia ontem o “baba” do pessoal e que eu iria encontrar lá muita gente que poderia falar da antiga Fonte Nova.
Agradeci-lhe a indicação, e, após minha sessão de fisioterapia, ignorei as dores que estou sentindo, devido a uma provável hérnia de disco, e rumei pra sede da Associação Atlética do Banco do Brasil-AABB no bairro de Piatã. Depois de sofrermos para encontrar o endereço vi o campo onde havia um disputado e ainda diversas pessoas assistindo. Apresentei-me então ao doublé de professor e técnico Sr. Bismarck que estava á beira do campo. Este gritou pro pessoal que estava nas cadeiras quem eu era e me pediu pra conversar com eles enquanto terminava o “baba”.
Sentei logo ao lado de uma pessoa que me conhecia e que tinha jogado “botão” comigo na antiga Liga de Luís Anselmo. Confesso que já fui entrevistando ex-jogadores ali mesmo. Quando terminou o “baba” veio o Hugo, com quem tinha falado ao telefone. E qual não foi minha surpresa quando vi que era o meu ídolo Hugo, que havia praticamente sozinho evitado que o EC Vitória descesse para a segunda divisão quando disputamos o “Torneio da Morte” em 1989. Na época ganhamos de três a zero do EC Bahia, com três gols dele. Foi uma emoção revê-lo!
Fomos depois até o bar do clube onde o pessoal se reúne pra “tomar uma” depois do “baba”. Continuei conversando com o goleiro Gelson, conseguindo tirar o rancor que sentia dele desde o dia a decisão do campeonato de 1979 contra o EC Bahia na Fonte Nova. Fiquei conversando no bar com o veterano Sapatão, a quem considerava nos anos 70 um “inimigo”. Uma conversa muito proveitosa e cortês que promete desdobramentos. Fui ainda apresentado a outros jogadores e desportistas amigos da moçada.  
Algum tempo depois o professor Bismarck me apresentou a toda à “galera”. Nesse momento havia mais de trinta presentes. Ao falar com o pessoal senti uma emoção parecida quando eu comparecia á Fonte Nova. Eles me deram muita atenção. Disse-lhes que tinha sido praticamente “criado” no estádio, onde tinha recordações desde criança quando meu pai me levava pra entrar em campo com o time do EC Vitória. Que ali assisti dezenas de campeonatos baianos, amistosos e torneios oficiais, copas, taças e campeonatos brasileiros. Que a firma de meu pai foi que colocou a iluminação do estádio quando da ampliação do anel superior.
Depois falei do nosso blog que já chegou a 700 acessos em pouco mais de quarenta dias e que, inclusive, tem visitantes da Eslovênia e Egito. Foi aí que lhes disse que isso não seria possível se a Fonte Nova não tivesse viva, no coração e nas mentes das pessoas. Confesso que nesta hora senti um olhar de muito orgulho do pessoal! Disse-lhes ainda que eu era apenas um desportista com algum talento pra pesquisador, mas que os verdadeiros atores eram eles. E que a Fonte Nova não poderia ter a sua memória resgatada sem as suas participações.
Terminei dando o endereço do blog e passando um papel para recolher os e-mails do pessoal. Apesar de uns não terem endereço virtual vários fizeram questão de me passar o contato e se colocar a disposição para dar depoimentos. E, mal eu tinha acabado esta tarefa, alguns já começaram a contar seus casos na Fonte Nova. Eu devia ter levado um gravador!
Saí de Piatâ com o sentimento do dever cumprido. Na verdade tinha “revisto” uma parcela da Fonte Nova que muita gente pensa que implodiu. Nem desconfiam que o estádio permanece vivo nas recordações de jogadores como Hugo e Sivaldo (ex-Vitória), de Emo (ex-Redenção e Bahia), de Ferreira (ex- Galícia), de Gelson (ex-Vitória e Flamengo e atual técnico de futebol e empresário) de Sapatão (ex-Bahia e Fluminense de Feira e atual técnico), de Aliomar (ex-Ypiranga e Leônico), de Carlinhos, de Biluca, de Mica, de Carlinhos Maracás, do professor Bismarck, do dentista Edésio Góes, do psicanalista Genaldo Vargas, e tantos outros!
* Agradeço a AGAP, a Hugo, a Bismarck e a todos pela acolhida, e a imagem do site http://www.noticiasonline2010.blogspot.com/.

Um comentário:

  1. Galera boa de bola, que deixou muitas saudades Frank, espero que o Gelson não fique chateado comigo pelo artigo do Maior Frango da Fonte Nova.

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