Galdino Antônio Ferreira da Silva
Financista, desportista e colaborador dos blogs História do Futebol, Futebol 80 e Memórias da Fonte Nova.
Financista, desportista e colaborador dos blogs História do Futebol, Futebol 80 e Memórias da Fonte Nova.
Há algumas semanas foi postado neste blog um artigo sobre as apresentações da seleção brasileira na Fonte Nova. Agora vão as fichas técnicas de trinta anos e doze partidas inesquecíveis do nosso histórico estádio. São ao todo onze jogos dos “canarinhos”.
No entanto, é bom chamar a atenção que as publicações especializadas adotam critérios diferentes para o reconhecimento de jogos da seleção. Há quem considere apenas os jogos da seleção titular. Outros inserem também a seleção olímpicas. Por último, há a polêmica do que é mesmo “jogo oficial”. Neste artigo utilizamos a primeira opção, deixando de fora dois jogos realizados na Fonte Nova, o de 1976, quando a Seleção Brasileira (representada por jogadores do EC Vitória e Fluminense(RJ) ganhou de 3 X 1 a seleção do resto do mundo, e o de 1987, Seleção Olímpica do Brasil 0 X 0 EC Bahia.
Os confrontos começam em seis de julho de 1969, apenas quatro dias depois de completar 146 anos da nossa data magna, o Dois de Julho. Na oportunidade a seleção brasileira deu de 4 X 0 no EC. Bahia. O árbitro foi Arnaldo César Coelho, e os gols de Pelé, Jairzinho, Edu e Tostão. O Brasil formou com Felix (Claudio); Carlos A. Torres, Djalma Dias, Camargo e Rildo (Everaldo); Clodoaldo (Piazza), Gerson (Rivelino); Jairzinho, Pelé (Dirceu Lopes), Tostão e Edu. Seu técnico era. João Saldanha. Já o Bahia atuou com Marco Aurélio; Mura Zé Oto, Adevaldo, Paes; Amorim (Aílton), Elizeu -; Jair (Arthur), Zé Eduardo (Adauri), Sanfilipo, Oton (Gagé). E seu técnico era Marinho Rodrigues.
Dez anos depois o Brasil volta à Bahia, desta vez com a seleção olímpica, e de novo após o Dois de Julho, para enfrentar a seleção baiana, em jogo que marcou o interesse do Flamengo pelo goleiro Gelson, que “pegou tudo”. O jogo foi em 5 de julho de 1979 e o árbitro foi Sebastião Rufino, com gols de Juari (Brasil) e Dendê (Bahia). Na oportunidade, a seleção baiana, sob a direção dos irmãos Zezé e Aimoré Moreira, jogaria com Gélson; Joca, Zé Preta, Zé Augusto, Ricardo (Edmílson); Edson Silva, Sena (Dendê), Douglas; Wilton (Tatá), Beijoca, Washington Luís (Léo Oliveira). A seleção brasileira atuaria com Carlos; Mauro (Carlos A. Barbosa), Rondinelli, Edinho e Pedrinho; Batista, Adílio e Guina (Tita); Paulinho (Zé Sérgio), Juari e Zezé. Seu técnico seria o capitão Claudio Coutinho.
Foi à última vez que a seleção brasileira enfrentaria clubes ou selecionados locais. No seu “mês oficial” de vir à Bahia derrotaria a Espanha por um a zero (gol de Baltazar) em oito de julho de 1981 sob a arbitragem do inglês Charles White. O Brasil de Telê Santana formaria com Valdir Peres; Getúlio (Perivaldo), Juninho, Luizinho (Edinho) e Junior; Toninho Cerezo, Sócrates e Zico; Paulo Isidoro, Baltazar e Eder. Já a Espanha de José Santamaria jogaria com Arconada; Camacho, Tendillo, Alexanco, Gordillo; Joaquin, Alonso, Zamora; Juanito, Satrustegui (Santillana), Sanchez.
Dois anos depois julho seria substituído por novembro na decisão da Copa América, quando a seleção brasileira empataria com a uruguaia por um a um em quatro de novembro de 1983 sob a arbitragem de E. Perez (Peru). Os gols seria de Jorginho (Brasil) e Aguilera (Uruguai). O Brasil atuaria com Leão; Paulo Roberto; Marcio Rossini, Mozer e Junior; China, Sócrates e Tita (Renato Gaúcho); Jorginho, Roberto Dinamite (Careca) e Eder. O técnico foi Carlos Alberto Parreira. E o Uruguai jogou com Rodolfo Rodríguez; Diogo, Gutierrez, Acevedo, Washington González; Agresta, Barrios, Francescoli; Aguilera (Bossio), Cabrera, Acosta (Venâncio Ramos). Seu técnico foi Omar Borrás, que conseguiu “borrar” o título para o Brasil.
Presenciaríamos aqui o principal clássico sul-americano, quando a seleção brasileira ganhou da Argentina por dois a um em cinco de maio de 1985, com nova arbitragem do juiz E. Nuñes (Peru), e gols de Alemão e Careca (Brasil) e Burruchaga (Argentina). Na ocasião o centroavante Careca fez um golaço de bicicleta. O Brasil de Evaristo de Macedo formou com Paulo Vitor; Edson, Oscar, Mozer e Branco; Dema, Alemão e Casagrande; Bebeto (Mario Sérgio), Careca (Reinaldo) e Eder. E a Argentina de Carlos Bilardo atuou com U. Fillol; N. Clausen (J. Rinaldi), J. Brown, O. Ruggeri, O. Garré; J. Ponce (M. Vanemerak), J. Barbas, M. Trobbiani (E. Trossero), J. Burruchaga; R. Gareca (O. Dertycia), P. Pasculli.
Nos últimos jogo da década voltaríamos em 1989 a julho, quando a Fonte Nova seria sede da Copa América. Na véspera da nossa data magna o Brasil ganha da Venezuela por 3 X 1, com gols de Baltazar, Bebeto e Giovani (Brasil) e Maldonado (Venezuela) sob a arbitragem de J. Cardelino (Uruguai). A seleção de Sebastião Lazzaroni forma com Taffarel, Mazinho, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e André Cruz; Geovani, Valdo e Branco; Tita (Silas), Bebeto (Baltazar) e Romário. Já a Venezuela de Carlos Horácio Moreno atua com Baena, Acosta Torres, Laureano, Paz - W. Pacheco, Añor, Maldonado - H. Rivas (R. Cavallo), Pedro Febles (Marques), S. Rivas.
Dois dias depois é a vez do Peru, que conseguiria dos brasileiros um empate a zero na arbitragem de H. Silva (Chile). A seleção atuaria com Taffarel, Alemão, Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Branco; Dunga, Geovani e Valdo (Renato Gaúcho); Bebeto e Romário (Baltazar). E o Peru, do técnico Pepe com J. Purizaga, J. Carranza, P. Requena, Jorge Olaechea, Percy Olivares - W. Valencia (J. Talavera), J. Reynoso, José Del Solar, J. C. Uribe - Franco Navarro (César Chávez), Hirano (F. Massanero).
O Brasil se despediria do contestador público de Salvador com novo empate a zero, desta vez com a Colômbia, em seis de julho, sob a arbitragem de E. Jácome (Equador). Atuaria com Taffarel, Alemão (Mazinho), Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Branco; Dunga, Geovani e Valdo; Renato Gaúcho e Baltazar (Bebeto). Enquanto os colombianos de Francisco Maturana, jogariam com R. Higuita, W. Pérez, L. Perea, A. Escobar, C. Hoyos - B. Redin, Gabriel Gómez, L. Alvarez, Carlos Valderrama - R. Hernandez (S. Angulo), A. Iguarán (W. Cabrera).
A década de 90 presenciaria as últimas exibições da seleção brasileira na Fonte Nova. Foram três amistosos, o primeiro realizado em onze de outubro de 1995, quando derrotamos o Uruguai por dois a zero com dois gols de Ronaldo e arbitragem de J. J. Torres (Colômbia). O Brasil de Zagalo, atua com Carlos Germano, Cafu, André Cruz, Márcio Santos (Narciso) e Roberto Carlos (Zé Roberto); Mauro Silva, Amaral, Rivaldo e Giovanni; Bebeto e Ronaldinho (Sávio). Já o Uruguai de Héctor Nunes joga com Ferro, Méndez, Herrera, Moas, Montero (Adinolfi) - Bengoechea, Gutiérrez (Gonzalez), Saralegui (Vanzini), Poyet - Martinez (Magallanes), O'Neill (Aberon).
Depois seria a vez de o Equador cair de quatro a dois, em dez de setembro de 1997, com gols de Denílson, Dodô (2) e Émerson (Brasil); Aguinaga, Maldonado (Equador) e arbitragem de Jorge Nieves (Uruguai). O Brasil continuava com Zagalo á frente, e atuou com Carlos Germano (Zetti), Cafu (Russo), Júnior Baiano (Cléber), Gonçalves e Zé Roberto; Mauro Silva, Émerson, Rivaldo (Zinho) e Denílson; Dodô e Sonny Anderson (Christian). Por sua vez o técnico Francisco Maturana voltava à Bahia, desta vez com a seleção equatoriana, que atuou com Cevallos, Rivera (Coronel), Montaña, Tenório, Ulisses de la Cruz - Blandon, Carabalí, Sánchez, Gavica (Aguinaga) ,Graziani (Maldonado) (Smith), Osvaldo de la Cruz (Valencia).
Encerrando o ciclo de 30 anos de seleção brasileira, esta enfrenta o primeiro país europeu na Fonte Nova, a Holanda, saindo com um empate de dois a dois. O árbitro foi Epifânio Gonzalez (Paraguai), e os gols de Amoroso e Giovanni (Brasil), e Kluivert e Van Vossen (Holanda). O Brasil de Wanderley Luxemburgo jogou com Dida; Evanílson, Antônio Carlos, Aldair, Roberto Carlos; Émerson, Djair, Leonardo (Juninho), Rivaldo (Zé Roberto); Giovanni (Denílson) e Amoroso (Roni). Já a Holanda de Frank Rijkaard se apresentou com Van der Sar, Reiziger (Ooijer), Konterman, Frank de Boer, Van Bronckhorst Ronald de Boer (Zenden), Seedorf, Davids, Cocu (Van Vossen) Van Nistelrooy, Kluivert.
Entre os jogos oficiais e amistosos a Seleção Brasileira jamais sofreu derrota aonde nasceu o Brasil Na “terra do axé” a Seleção Canarinha é só alegria! Nesses trinta anos só houve um estremecimento, em 1989, por causa de Sebastião Lazzaroni que deixou fora da Copa América, os baianos Bobô e Charles que foram campeões brasileiros pelo Bahia, com direito a vaias e chuva de ovos.
* Agradecemos pelas imagens aos blogs globoesporte.globo.com, youtubevideo.isgoodness.com e arrebento.com.
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