Espero que meus visitantes do Japão(e quem não me visita também) tenham escapado desta. Tirei o dia de hoje pra consolá-los com um artigo que mostra que tragédias não ocorrem só por aí. Pelo menos tragédias esportivas aconteceram "as pampas" na Bahia onde a prática de jogos amistosos é centenária. É que não se vive só de torneios e campeonatos oficiais. Há que se acertar o time, ganhar conjunto, entrosar novos jogadores. E, depois que inventaram o profissionalismo, ganhar dinheiro. No entanto, em muitos desses “amistosos” o clube promotor na verdade foi buscar a corda pra se enforcar. São tantos desastres nestas ocasiões que os selecionamos e organizamos mês a mês.
Janeiro é mês de muitos santos, mas é mês também de desastres formidáveis. No dia dedicado a São Telêmaco (1º), por exemplo, a Seleção baiana conseguiu a façanha de afundar perante o São Cristóvão carioca em 1926 por sete a um. E, no dia 30, dedicado a São Hipólito, o antigo Fluminense foi massacrado pelo Bangu por nada menos que dez a um!Não adiantou nem baixar os escaleres que não se salvou ninguém.
Fevereiro na Bahia é geralmente consagrado ao carnaval. Mas também é mês de naufrágios memoráveis. No dia 7, que é dedicado a Pio IX, a seleção baiana atreveu-se a trazer em 1919 um clube carioca pela primeira vez nestas paragens. A partida foi no velhíssimo campo do Rio Vermelho, mas entrtou agua nas máquinas, sete a um para o Botafogo FR. Já no dia dez de fevereiro de 1933, dedicado a São Jacinto, o recém-criado EC Bahia foi triturado por um clube que ninguém mais conhece, o Brasil (RJ), por oito a dois. E isso na véspera da data consagrada a Nossa Senhora de Lourdes, que nem deu uma forcinha pra levantar o casco do navio dos baianos.
Baiano enfrentando as chuvas de todo ano em Salvador!
Baiano enfrentando as chuvas de todo ano em Salvador!
Em março temos várias tragédias, algumass de novo contra cariocas. Logo no dia primeiro desse mês em 1945, consagrado a Santo Herculano, o EC Vitória quer esquecer o albaroamento que sofreu do Fluminense por seis a dois. Mas o dia 15 do mês em 1953 com certeza jamais será esquecido pelos torcedores baianos. É que neste dia aconteceram três incríveis naufrágios em plena Baía de Todos os Santos. O Ypiranga levou oito a um do Vasco da Gama. Enquanto isto na Fonte Nova era aberto o Torneio Régis Pacheco onde o Bahia perderia de sete a um do Internacional na preliminar. O fato serviu de gozação para os rubro negros, que no entanto na partida principal veriam o Vitória levar de oito a dois do Flamengo. E tudo isto logo no dia de São Zacarias!
Alérm disto Santa Eufrásia não ajudou nada a evitar que entrasse agua no navio do Botafogo local, no dia vinte de março de 1937, quando foi goleado pelo Flamengo por sete a um. E o que dizer de São Rômulo, que deixou que o navio do mesmo rubro negro carioca batesse de frente com o tricolor baiano enfiando-lhe sete a dois em 24 de março de 1946? Esses santos parecem mesmo que só ajudam a marinha do Sul!
Essa passou perto!
No dia consagrado a Tiradentes (que bem que merecia ser santo mas a Igreja Católica preferiu santo Anselmo) em 21 de abril de 1943 seria a vez do tricolor “lavar" o convés do navio goleando o mais querido Ipiranguinha por oito a um! E não adiantou o Botafogo apelar pra santa Teodora pois em 28 de abril de 1946 foi afundado pelo Vasco da Gama por incríveis oito a três. E o pior é que a celebração de N.Sra do Bom Conselho dois dias antes em nada aconselhou os diabos alvi rubros.
No dia consagrado a Tiradentes (que bem que merecia ser santo mas a Igreja Católica preferiu santo Anselmo) em 21 de abril de 1943 seria a vez do tricolor “lavar" o convés do navio goleando o mais querido Ipiranguinha por oito a um! E não adiantou o Botafogo apelar pra santa Teodora pois em 28 de abril de 1946 foi afundado pelo Vasco da Gama por incríveis oito a três. E o pior é que a celebração de N.Sra do Bom Conselho dois dias antes em nada aconselhou os diabos alvi rubros.
Maio é o mês das noivas, mas também de formidáveis naufrágios na Bahia. No dia cinco de maio deste mesmo ano a nave cruzmaltina bombardearia o esquadrão, não tão de aço, por seis a dois no dia consagrado a São Niceto. O São Cristóvão apareceria de novo na Bahia em 1935 e jogaria com o Ypiranga no dia dezesseis desse mês, dedicado a São João Nepomuceno, mas cadê santo pra proteger o navio dos aurinegros que apanharam de seis a um? Nem valeu treinar no dia de N. Sra. de Fátima três dias antes!
Junho é consagrado às festas juninas. Mas não teve festa que evitasse os naufrágios do EC Vitória, desta vez na Fonte Nova. No dia 28 desse mês em 1997 os leões da Barra fariam um “papelão” ao bater no casco do rubro negro carioca e afundar com cinco furos a zero no dia de São Irineu. E o navio do Ceará Sporting nem respeitaria o dia de São Pedro, fundador da Igreja Católica, passando ao largo da baía sem dó nem piedade vencendo o antigo leão da Barra por sete a dois em 29 de junho de 1972. Isso fez com que o clube ganhasse por anos o apelido de “seu sete”.
E o que dizer dos naufrágios de julho? O primeiro pelo menos ficou entre nós, quando o EC Vitória, num torneio, fez afundar o seu arquirival por formidáveis sete a um em plena data magna consagrada no estado à independência do Brasil. Foi o maior escore já verificado em um jogo nesta data em território baiano. Só que a Igreja Católica releva esses acontecimentos políticos e preferiu mesmo creditar o dia a São Vidal.
Também esses santos só tomam partido dos clubes do Sul!
Mas o próximo não teve jeito pois foi contra a Portuguesa de Desportos num torneio. Era a primeira vez que um navio luso vinha a Fonte Nova e não fez por menos imprensando o Ipiranguinha por seis a um no dia onze desse mês no ano da inauguração do estádio em 1951. E olhe que Salvador possui um dos poucos mosteiros da América do Sul dedicado a São Bento e bem pertinho da Fonte Nova!
Mas o próximo não teve jeito pois foi contra a Portuguesa de Desportos num torneio. Era a primeira vez que um navio luso vinha a Fonte Nova e não fez por menos imprensando o Ipiranguinha por seis a um no dia onze desse mês no ano da inauguração do estádio em 1951. E olhe que Salvador possui um dos poucos mosteiros da América do Sul dedicado a São Bento e bem pertinho da Fonte Nova!
Bem, mas agosto é conhecido no Brasil como o mês das tragédias. Mas não é só de política que se sustenta esta lenda mas também do futebol. Coitado dos azulinos que vieram lá da Galícia pra comprovar isto quando foram martirizados por um verdadeiro tsunami do recuperado Ypiranga por nove a um! Isto foi em 27 de agosto de 1939 em pleno dia de Santa Mônica e dois dias antes do martírio de São João Batista.
A Fonte Nova ficava cheia de buracos!
A chamada independência do Brasil se celebra em setembro ao invés de julho quando foi confirmada na luta da Bahia. E o mês não é só de tragédia para os portugueses. Os baianos nunca se esquecerão da fatídica excursão marítima do Corinthians nesse mês em 1936. Na ocasião os paulistas não respeitaram nem a Santa Madre Igreja. Imaginem que no dia de São Eustáquio albaroaram a grande equipe do Botafogo encaixando-lhe seis a um. A partida foi realizada apenas cinco dias depois da festa de N.Sra das Dores mas só doeu mesmo pro alvi rubro. E, apenas uma semana depois, enquanto se celebrava o dia de São Vicente de Paula, os alvinegros promoveram outra tragédia, assestando a maior goleada da história do tricolor baiano: oito a um! É por isso que muitos torcedores se assustam com ateus como esses do Parque São Jorge!
A chamada independência do Brasil se celebra em setembro ao invés de julho quando foi confirmada na luta da Bahia. E o mês não é só de tragédia para os portugueses. Os baianos nunca se esquecerão da fatídica excursão marítima do Corinthians nesse mês em 1936. Na ocasião os paulistas não respeitaram nem a Santa Madre Igreja. Imaginem que no dia de São Eustáquio albaroaram a grande equipe do Botafogo encaixando-lhe seis a um. A partida foi realizada apenas cinco dias depois da festa de N.Sra das Dores mas só doeu mesmo pro alvi rubro. E, apenas uma semana depois, enquanto se celebrava o dia de São Vicente de Paula, os alvinegros promoveram outra tragédia, assestando a maior goleada da história do tricolor baiano: oito a um! É por isso que muitos torcedores se assustam com ateus como esses do Parque São Jorge!
Outubro é um mês ameno de clima, pelo menos no Brasil. Não é á toa que é realizado nele o Dia das Crianças e as festas de N. Sra. do Rosário e N. Sra. de Aparecida padroeira do Brasil. Mas há clubes que não querem saber disto. Não estão nem aí para as tradições cristâs. O dia 24 desse mês é dedicado a Santo Antônio Maria Claret. Mas este santo não dá sorte aos baianos. É que em seu dia aconteceram duas tragédias memoráveis por aqui. Uma delas foi em 1935, durante a insurreição da Aliança Nacional Libertadora, quando o Botafogo FR aproveitou e fez afundar o nosso rubro negro por sete a dois. A outra desfeita foi do Internacional (RS) que no fim da Segunda Grande Guerra em 1945, faria naufragar o nosso mais querido Ipiranguinha por formidáveis dez a quatro!
Foi um verdadeiro massacre!
Novembro é consagrado em nosso país á chamada república. Não tem importância que nem o marechal Deodoro da Fonseca quisesse isto quando a proclamou, ou que os baianos a proclamassem duas vezes e desse uma confusão danada. Nele ocorre também o dia de todos os santos e de finados. Aqui os finados seriam Vitória e Botafogo que sofreriam novos desastres. O rubro negro, no dia seis desse mês, dedicado a São Severo, sofreria a severidade da esquadra do Flamengo, eternizando seu apelido ao apanhar por sete a dois. Já o alvi rubro, no dia 22, teria a desfaçatez de quebrar o casos no navio tricolor com escore de baba (sete a três) em pleno Dia de Santa Cecília a protetora da música.
Novembro é consagrado em nosso país á chamada república. Não tem importância que nem o marechal Deodoro da Fonseca quisesse isto quando a proclamou, ou que os baianos a proclamassem duas vezes e desse uma confusão danada. Nele ocorre também o dia de todos os santos e de finados. Aqui os finados seriam Vitória e Botafogo que sofreriam novos desastres. O rubro negro, no dia seis desse mês, dedicado a São Severo, sofreria a severidade da esquadra do Flamengo, eternizando seu apelido ao apanhar por sete a dois. Já o alvi rubro, no dia 22, teria a desfaçatez de quebrar o casos no navio tricolor com escore de baba (sete a três) em pleno Dia de Santa Cecília a protetora da música.
Finalmente encerramos esses anos de desastres do futebol baiano com um dos maiores deles, ocorrido logo no dia da festa da Imaculada Conceição, oito de dezembro de 1938. Esse período merece ser mais bem investigado pelos pesquisadores do esporte em função de tantos acontecimentos estranhos. O Vitória abandonou o campeonato baiano no ano anterior e neste ano houve dois campeões.
Quando o rubro negro voltou, disputando os dois “campeonatos” seu navio estava em reparos. Mas a insistencia de "pegar no tombo" fez com que fosse lanterna dos dois certames tomando goleadas memoráveis, dignas do Titanic, destacando-se as sofridas contra o Bahia. Nos campeonatos baianos já tinha amargado escores exdrúxulos de 9 X 4 e 10 X 2. Mas, não contente com isto o clube aceitou fazer um amistoso contra o tricolor que resultaria na maior goleada da sua história, sendo estraçalhado por incríveis dez a um do seu futuro arquirrival. Foi com dificuldade que o arsenal reparou o seu navio!
· Agradeço as informações do Almanaque do Futebol Brasileiro, do Setor de Periódicos raros da BCE e do site cademeusanto. Sou grato ainda às imagens dos blogs madscience.com.br,cinedayvs.blogspot.com,pamonhablog.com.br,babygarrout.blog.uol.com.br,renilsonmirandasilva.blogspot.com e tudojoia.blogspot.com.
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