sexta-feira, 22 de abril de 2011

A volta ao "mundo" em 80 dias




Em 1991 o EC Vitória começou a mil. Era bicampeão baiano e estava fazendo a sua despedida da Fonte Nova pois, a partir de agosto, inauguraria a iluminação de seu estádio próprio, o "Barradão", onde jogaria várias partidas do campeonato baiano deste ano. Entre fevereiro e abril, no entanto cumpriria um verdadeira maratona, uma verdadeira "volta ao mundo" em oitenta dias onde disputou, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Parecia mais o romance de Julio Verne.

O rubro negro estreou no certame brasileiro jogando em São Paulo, no Estádio do Morumbi, contra o Corinthians, onde conseguiria um bom empate em um gol. Depois dali rumaria para o Rio Grande do Sul, apresentando-se no Estádio do Beira Rio, contra o Internacional obtendo o mesmo escore. Voltava bem a Salvador pra disputar o clássico contra o Bahia onde sairia vitorioso pelo escore mínimo.

Mas, logo depois do carnaval, sairia de novo pra Curitiba e Rio de Janeiro.  No dia 21 enfrentaria o Atlético Paranaense pela Copa Brasil no Estádio Pinheirão, saindo com outro empate em um gol. Três dias depois já estava em Niterói, no Estádio Caio Martins, jogando com o Botafogo pelo certame brasileiro, onde teria sua primeira derrota no ano, dois a zero.Voltaria correndo no domingo pra Fonte Nova pra se classificar na copinha ao ganhar dos paranaenses por dois a um.


  Este não vale, é que passeia o mundo inteiro fazendo promessas!


Nesse dias a CBF lhe daria uma trégua no início de março, deixando que passasse uma semana em Salvador, onde empataria com o Cruzeiro sem gols, e perderia para o Vasco da Gama e ganharia do Grêmio com o mesmo placar: um a zero. Ainda bem que o sorteio da Copa do Brasil lhe favoreceu fazendo com que começasse os jogos contra o Sport vencendo na Fonte Nova(2 X 1).

Cumpriria logo depois a sua via crucis, saindo pra enfrentar o Santos na Vila Belmiro, onde sofreria nova derrora(0 X 2), e, pelo menos, traria a classificação de Recife, onde empataria sem gols com o Sport na Ilha do Retiro. Segue-se outra semana "de férias" em Salvador, onde empata em um gol contra Portuguesa de Desportos e Sport, e mais uma saída pra perder do Atlético Mineiro por dois a zero no Estádio Independência em Bwelo Horizonte.Ocasião em que volta pra Fonte Nova onde, cansado desta maratona, perde do Bragantino(!) por dois a um.

Mas seus jogadores suportavam a situação pois se dizia que estava acabando a viagem que, se não era de balão como no filme, era um entrar e sair do avião que não acabava mais. No dia 14 de abril o Vitória já desembarcava de novo em São Paulo, agora pra jogar no Estádio do Parque Antártica, onde conseguiria um bom empate em dois gols contra o Palmeiras.


    Poxa, ainda bem que o Vitória não pegou esse que caiu com o Lazio!


No meio da semana partir para o outro lado do país, Belém, onde seria derrotado pelo Clube do Remo, no Estádio Evandro de Almeida, que tem o apelido diferente de "Baenão". Depois voltaria correndo pra Bahia pois tinha que encerrar esta maratona contrta o Goiais no dia 21 de abril. Não lhe lembram nada? É quanto uma das grandes figuras da nossa história foi enforcado. Mas não seria desta vez que isto aconteceria com o Vitória, pois, se aguentou oitenta dias de lá pra cá, esta era canja, dois a um e adeus Campeonato Brasileiro.Agora era só o "Baianão" e os amistosos.


*  Agradeço as informações do Futipédia. Sou grato ainda as imagens dos blogs vnclassica.blogspot.com, subamrino.com.br e mardehistorias.wordpress.com.
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