sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rí melhor quem rí por último!

                                     Madonna e Lady Gaga "gozando com a cara" do Bahia!

No ano de 1976 o rubro negro baiano melhorou ainda a equipe que havia sido campeã baiana em 1972. Duas contratações agradaram em cheio, ambas estrangeiras. O goleiro uruguaio Andrada e o centro avante argentino Fischer. Mas começaria mal aquele ano colhendo apenas um empate contra o Botafogo obtido através de um defensor alvi rubro gol contra as suas próprias redes.
Depois, porém, deslancharia, ganhando seguidamente de Humaitá (4 X 0), Galícia (2 X 0) e Itabuna (3 X 0), embora empatasse fora de casa contra o Atlético de Alagoinhas. O resultado lhe colocaria em primeiro no grupo B, embora o Bahia ganhasse todos os jogos no grupo A.
O quadrangular final só ocorreria antes do carnaval, quando o Vitória aproveitaria para trazer o Botafogo do Rio de Janeiro para a Bahia. Ypiranga e Botafogo local fariam a preliminar vencida pelo segundo por cinco a um. Quanto ao rubro negro seria derrotado pelo escore mínimo.
                                                   Oh, estranharam? O povão também ri!

As decisões foram em março com o rubro negro ganhando todas as partidas, para Atlético (3 X 1), Jequié (2 X 1) e Bahia (1 X 0), esta última graças a um gol de raro oportunismo do argentino. Três dias depois o rubro negro comemoraria a conquista com um amistoso contra o Flamengo empatando em um gol.
Estrearia no segundo turno perdendo pro Leônico (1 X 2), fazendo uma campanha apenas regular, onde ganharia de Ypiranga (3 X 0), Redenção (4 X 0) e Jequié (4 X 0) e empataria com o Bahia (1 X 1). Encerraria sua participação com uma formidável goleada nos touros do sertão em Feira de Santana por quatro a zero.
Desta vez, porém, ficaria em segundo no grupo vencido pelo Atlético. O quadrangular decisivo foi em maio, mas de novo não teve pra ninguém. Os leões da Barra ganharam do Atlético (5 X 2), e de Leônico e Bahia pelo mesmo escore mínimo. Afrânio faria o tento contra o arquirrival. Encerrava-se o primeiro turno e o Vitória havia ganhado as duas fases. A FBF, no entanto, havia inventado uma novidade. Havia quatro turnos e, quem ganhasse cada fase, levava apenas um ponto pra casa. Mas a torcida rubro negra não estava "bem aí" inchada de alegria.
                                                          Oh Paulo Coelho, é pra rir!

O segundo turno começou com um empate chocho sem gols fora de casa contra o Itabuna, mas o time logo depois deu de cinco no Botafogo. O Bahia continuava bem, mas o Vitória “passeava”, atropelando Atlético (4 X 1), Galícia (2 X 0) e Humaitá (3 X 0). Na semana do São João iniciaram-se as partidas finais. Na ocasião, outra novidade da FBF influenciaria decisivamente o certame.
É que impediu que os jogos do quadrangular final terminassem empatados, obrigando os clubes a jogar uma prorrogação caso isso ocorresse. Não é que a regra tenha mudado o resultado final, mas ela levou a que, pela primeira vez no certame, o rubro negro perdesse para o tricolor, e, com isso o título da fase, o que daria ao esquadrão de aço o único ponto que levaria para a finalíssima.
O tempo normal empataria em um a um, tentos de Osny para o Vitória e Douglas para o Bahia. Beijoca marcaria o gol do triunfo. Outro episódio marcaria o clássico este ano. É que aos 35 minutos do segundo tempo o rubro negro teve um pênalti que seria desperdiçado pelo baixinho Osny quando o time já vencia por um a zero. O impacto da perda se refletiria no resultado da prorrogação.
                               É isso aí Pedro Bial, temos que ficar de olho em certas notícias!

O Vitória começou a última fase ganhando de quatro a zero, e aí o certame parou para ver uma partida antológica, a única vez que um time baiano representaria o Brasil contra uma seleção do resto do mundo. Mas isso é assunto pra outra postagem.
A quarta fase só recomeçou em julho, a tempo suficiente de um amargo resultado daquela plêiade de craques rubro negros, dois a zero para o Ypiranga. O tricolor crescia e dava goleadas notáveis, enquanto eram magros os resultados rubro negros, como o empate em Jequié e a vitória contra o Leônico. As partidas contra o Fluminense (3 X 0) e o Bahia (1 X 0) compensaria, destacando-se o gol de Ferreti na realizada contra o último.  Só deu pra se classificar no grupo em segundo.
O último quadrangular decisivo ocorreria no amaldiçoado mês de agosto. A dupla BA-VI ganharia de Atlético e Ypiranga e se credenciaria para o jogo final em quinze de agosto. Na oportunidade, entretanto, o tricolor jogaria uma grande partida contra seu rival, e empataria todo o campeonato graças a um gol de Beijoca.
                                                          Assim também é demais!

O centroavante do Bahia estava mesmo endemoninhado. O certame foi decidido em apenas quatro dias em dois jogos da dupla com enorme público. O Vitória, que não havia perdido do tricolor nenhuma vez esse ano no tempo normal, acabou perdendo as duas partidas. A primeira por dois a um, tentos de Beijoca e Fito contra um gol de Valdo. E, a segunda, por um a zero, com gol de Beijoca. Riu melhor quem riu por último no certame baiano!
A torcida rubro negra saiu “doente” da Fonte Nova. Já era o quarto título seguido que o tricolor ganhava, e todos em cima do Vitória. Mas qual, no domingo seguinte já estávamos no estádio de novo pra presenciar a preparação da equipe para o campeonato brasileiro. O jogo foi contra o seu homônimo do Espírito Santo e ganhamos de três a um.
O certame nacional deu pra consolar as mágoas. Os três times baianos cairiam no mesmo grupo, o “E” (imaginem tanto grupo) e conseguiria a classificação em primeiro e segundo lugar. O Vitória começaria muito mal ao perder do Botafogo (PB) pelo escore mínimo, mas depois ganharia de todo mundo, 2 X 0(Treze), 3 X 1(CSA), 2 X 0(Fluminense de Feira), 2 X 0(CRB), 1 X 0(Fluminense-RJ), empatando apenas dois jogos, contra Bahia e Botafogo.
                                                            Êta sorriso desgraçado!

Mas depois ocorreria o maior “apagão”. De primeiro no grupo “E” passaria pra último no grupo J, perdendo todas as partidas, pra Flamengo (0 X 3), América (0 X 3), Guarany (0 X 4), São Paulo (2 X 4) e Palmeiras (0 X 2). Uma vergonha, ainda mais que o Bahia se classificaria no grupo “I” em primeiro lugar.
A inchada tricolor "pintou e bordou". Só falavam em ganhar o título nacional. Houve até quem, na imprensa, lembrasse os 17 anos da conquista da I Taça Brasil. Mas quem ri melhor ri por último. Foi a vez do Bahia apanhar, o ex-líder, acabaria em penúltimo em seu grupo na terceira fase. Mais um sonho que findou.

·          Agradeço as informações do Almanaque do Futebol e dos sites Bola na Área e RSSSF Brasil. Sou grato as imagens do globoesporte, timefrosing.blogspot.com e procurasegargalhadas.blogspot.com.

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