segunda-feira, 13 de junho de 2011

Missão impossível




A série Missão impossível começou quando eu completava 18 anos. Não perdíamos um capítulo vibrando com as aventuras de espionagem. Hoje em dia vulgarizou virando até jogo de play station, e já fizeram quatro filmes, um em 1988, e os Missão Impossível I(1996),dirigido por Brian de Palma, o II(2000), por John Woo, e o III(2006), por JJ Abrams.
Mas o que muita gente não sabe é que esse pessoal todo é torcedor do Flamengo e o que o filme trata mesmo é das excursões de espionagem que o clube da Gávea fez na Bahia no estádio da Graça. É que naquele tempo a medicina baiana era evoluída e o vilão Sean Ambrose era torcedor do Ypiranga e morava no bairro do Canela bem pertinho do estádio e o que Tom Cruise, Anthony Hopkins e Cia queriam mesmo era levar os nossos inventos.
A primeira vez que a missão dirigida pelo comandante Swanbeck esteve na boa terra foi em novembro de 1932, Naquele tempo o país estava envolvido numa coisa que os paulistas chamaram de revolução constitucionalista mas a equipe de espiões não estava “nem aí”. Na primeira vez chegaram procurando o Dr. Ambrose e se enganaram de bairro tendo que bombardear a Graça submetendo seus clubes ao maior vexame, Vitória (7 X 2), Botafogo (4 X 1) e Ypiranga (1 X 0).
                 Os tricolores diziam que impossível é o Vitória ganhar um título nacional!

Aí os baianos resolveram testar se o pessoal era brasileiro e viu que não era pois não respeitaram nem o dia da proclamação da república passando por cima do Bahia por três a dois. E três dias depois ainda venceriam a seleção baiana por três a um.  Aí o Dr. Ambrose resolveu agir.
Olhem que ele estava isolado do mundo morando ali na Rua Marechal Floriano (quando ainda nem tinha aqueles prédios horríveis) e esses espiões vinham lhe aborrecer. Aí decidiu acabar com a boa vida do Flamengo e até ele entrou em campo pro Ypiranga vencer o poderoso esquadrão da Gávea por três a dois. Ponto para o Dr. Ambrose e os espiões saíram de “mãos abanando”. No entanto saiu na revista Time o estrago que os helicópteros do grupo fizeram na Bahia.
Mas vocês sabem como os americanos são insistentes e se acham donos do mundo. Seis anos depois estavam aqui de novo em março de 1938, quando vigia no país o Estado Novo. Mas eles não estavam preocupados com a ditadura de Getúlio Vargas. Souberam que os baianos haviam inventado uma vacina contra a gripe e que seus laboratórios poderiam fechar. Desta vez cercaram toda a região, da Barra, ao Canela e a Graça. Teve até paraquedista que desceu na Avenida Centenário.
                                Já outros acham que impossível é Joseph Blatter sair da FIFA!

Aí não deu outra, assustando os clubes baianos. Nas duas primeiras partidas a equipe fantasiada de urubu deu de sete a um no Vitória e cinco a dois no Bahia. Era muita sacanagem com a dupla BA-VI. E aí o Dr. Ambrose entrou em ação outra vez. É que ele havia cavado um túnel que começava em sua casa e saía em baixo do estádio. Pegou então de surpresa os cariocas-americanos com outra derrota para o mais querido, três a um. E olhem que eles ficaram ainda na Bahia por seis dias procurando a tal vacina, mas só conseguiram ganhar do Galícia por quatro a dois.
Imaginem que os norte-americanos proibiram as cores amarela e preta por todo o mundo. Até o Penarol passou mal sem conseguir jogar em lugar nenhum sob influência americana. O Ypiranga foi eleito inimigo público número um pois entrou na lista dos terroristas mais perigosos conhecido como o time do Dr. Sean Ambrose.
Mas não adiantaram essas providências pois ninguém descobriu o Dr. Ambrose, mesmo porque ele pagava a certas autoridades pra ninguém encontra-lo na Bahia. Em março de 1946, após a Segunda Grande Guerra, os impossíveis rubro negros da Gávea voltaram à Bahia. Passaram aqui uma semana.
                                              E olhem que ainda nem jogava Ronaldinho!

Jogaram contra Vitória (4 X 1), Botafogo (2 X 1 e Bahia (7 X 2) mas o verdadeiro motivo era descobrir uma poção que os baianos haviam inventado e que servia até pra colar a estátua da Liberdade). Procuraram, procuraram e nada. Também deram azar de vir num tempo em que os baianos eram mais solidários.
O time da Missão impossível estava possesso. Já não aguentava mais ganhar em campo dos baianos mas não levar o que eles inventavam. Chegou a vir por aqui em 1949 fazendo um incrível jogo de espiões, um Fla-Flu, ganhando de cinco a zero. Uma delegação menor, com a bela Niah Hall veio aqui durante o São João de 1950 passar três dias, mas só serviu pra ganhar do Galícia (2 X 1) e vencer o tricolor (3 X 0) em Ilhéus e empatar na Graça (3 X 3).
O impossível Flamengo veio por 18 anos na Bahia atrás dos inventos baianos. Não conseguiu levar produzir acarajé sintético mas ganhou de todo mundo por aqui, menos do Dr. Ambrose (Ypiranga).

Esses cariocas-americanos são ousados mesmo. Imaginem que chegaram a pintar de rubro negro o Elevador Lacerda!

* Agradeço aos sites Wikipédia e Adoro Cinema, ao Almanaque do Futebol Brasileiro, e aos blogs best-cine.com, farraposnews.blogspot.com e cranick.com.

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